Sobre The Bride of Habaek - Não é resenha

Olá!

Ultimamente tenho tido um certo bloqueio para escrever, assisto e converso informalmente sobre muitos dramas, mas quando vou passar para papel dá aquele branco horrível e não saí nada decente. Depois de tentar com vários dramas resolve rascunhar sobre The Bride of Habaek, esse drama dividiu minha opinião, horas gostava e horas detestava, por isso decidi tentar escrever sobre ele. Não se trata de uma resenha, eu admiro muitos as meninas que dedicam a resenhar sobre os dramas, até sigo alguns blogs, mas eu não tenho talento para falar sobre fotografias, cenários ou direção. 

Aqui e apenas uma opinião bem pessoal, fiquem à vontade para deixar a sua também!

Vou começar confessando que que meu interesse no drama foi pelo ator, pois sofro de uma paixonite aguda desde que assisti o fofíssimo Weightlifting Fairy Kim Bok Joo. Não assisti ao Manhwa, desconheço os mitos culturais deles e achei a historia de Deuses, criados e pedras escondidas na terra (essa parte realmente fiquei sem entender) muito confuso. 

Mas porque assistir mesmo assim? 

Sou uma dorameira curiosa e se algo me chama atenção eu quero pelo menos tentar entender a historia e ver se vale a pena. Nesse caso eu compreendi poucas coisas além da extrema arrogância dos Deuses e como eles acham nós, os seres humanos, insignificantes nas nossas vidinhas problemáticas e patéticas. 

Mas cá entre nós...chato mesmo deve ser não se ter urgência para fazer nada, porque tempo não é um problema; ter a eternidade para ficar pensando nos problemas ou naquele amor que não deu certo há 1.200 anos atrás. Imagino que seja por isso que eles mantinham aquela expressão de tédio sem fim rs.

Um resuminho básico: um belíssimo Deus da Água desceu à terra para cumprir a missão de encontrar umas tais pedras e provar para seus “superiores” que ele merecia ser o Rei no seu mundo. Ao cair na terra, sem eira nem beira (muito menos roupas rs) dependente de um criado que trouxe com ele e uma criada humana que ele precisa despertar para orienta-lo na cotidiano da vida humana. 

Acontece que a dita criada não “acorda” e não entende nada do que estava acontecendo. Inicialmente ela o vê como um maluco que apareceu do nada exigindo sua obediência. Como medica psiquiatra ela acha normal encontrar mais um doido em seu caminho e começa a trata-lo como tal, essa parte até rende algumas cenas divertidas. O restante da trama gira em torno de Deuses arrogantes, Deuses menores, Semideus disfarçado de humano e alguns personagens secundários que até agora não entendi porque estavam lá.

Sobre os personagens principais: 

Habaek (Nam Joo Hyuk) Deus da Água, arrogante ao extremo veio à terra para aprender sobre a vida humana encontrar algumas pedras magicas e selar seu destino como Rei. Li muitas criticas à esse personagem, mas eu gostei, afinal ele era em ser superior que achava a vida humano, complicada chata e desinteressante...às vezes penso o mesmo rs.  Ele passa os dias sentando com um ar superior enquanto seu criado trabalha para prover suas necessidades humanas básica incluindo a fome, que ele passou a ter depois de cruzar o caminho de um Deus menor e receber essa “maldição” de uma forma bem interessante. Em determinado momento da trama  ele passa a se interessar pela sua criada humana e começa a se envolver no seu dia a dia. Através dela, ele começa a entender um pouco as atitudes dos  humanos e acaba se apaixonando por aquela “mulher esquisita”. A partir daí ele tem algumas atitudes humanas e no final acaba provando o quanto realmente se apaixonou por sua criada.

Dra. Yoon So Ah (Shin Se Kyung) é uma mocinha com muitos conflitos, as vezes agia como boa samaritana e em outras passava atestado que de doida. No fundo tinha um bom coração, mas achava que ser bondosa era sinônimo de fraqueza por isso agia sempre de forma materialista. Odeia o País em que vive e tenta desesperadamente arrumar uma solução para sair daquela vida que lhe trás lembranças ruins. Tem uma visão distorcida do seu pai e o culpa por todos os problemas e traumas que teve na infância. Não quer ter laços com ninguém, mas acaba se apaixonado por um homem estranho e muito arrogante que alega ser um Deus. Preciso dizer que essa atriz não é das minhas preferidas, mas não achei ela de todo ruim. Forçada nas cenas mais cômicas, mas em contra partida se saiu bem nas cenas mais densas, na minha opinião conseguiu passar as emoções conflituosas da personagem. E outro ponto forte à favor da atriz e que ela não é fresca quando se trata de “dar uma pegadas mais fortes” se é que vocês me entendem.

Hoo Ye (Lim Ju Hwan) foi a historia que melhor entendi e mais gostei. No começo parece mais um CEO arrogante e cheio de si que vai fazer parte de um triangulo amoroso com o protagonista, mas no decorrer da trama vamos percebendo que a é muito mais que isso. Nasceu em um lar indesejado, sofreu preconceitos, não se encaixava com os seus e tinha muitos traumas para lidar. Bom ator, soube passar as aflições e sua luta interna entre o bem ou o mau e deu uma bela lição de que podemos escolher próprio caminho indenpendente de onde viemos.

Moo Ra (Krystal) é uma Deusa arrogante e insuportável que trabalha como atriz no mundo humano e também considerada uma Deusa pelos fãs. Ela me lembrou a Rainha Vermelha de Alice no País das Maravilhas, aquela que por qualquer motivo gritava "cortem-lhe a cabeça" no caso da Moo Ra era "vou congelar sua língua". Não vou mentir para vocês, respeito quem e fãs da atriz Krystal, mas eu nunca gostei da atuação dela. Alta, elegante e bonita...nisso concordo, no mais é uma atriz mediana que faz sempre as mesmas caras de paisagens para todos os personagens que já assisti. 

Deus Gong Myung (Bi Ruym) ser bonito e majestoso, bom ator esse garoto, demostrou varias emoções durante a historia. Como os outros Deuses, era arrogante e se mostrava superior, mas no fundo era todo trabalhado no ódio pelo Hoo Ye e na inveja do Habaek.  Como não podia demonstrar sua raiva para um Habaek , que será seu futuro Rei, ele canalizou toda suas frustrações no Hoo Ye por umas tretas que tiveram no passado. Achei todo aquele ódio um tantinho injustificado e o vi como uma criança mimada e chata que faz bulling com o coleguinha.

A trama teve alguns efeitos especias até que descentes, mas pelos posters e propagandas eu sinceramente esperava mais, principalmente do Deus principal, que perde seus poderes ao chegar à terra e fica totalmente dependente de todos. No final entendi que era justamente esse o seu aprendizado, lidar com os humanos com as mesmas “armas” que eles...ou seja...nenhuma. Ele precisou aprender que somos dotados apenas de sentimentos e emoções, boas e ruins, e com isso vamos tentando fazer melhor possível para superar os obstáculos e levar nossas vidas. 

Os últimos episódios esclarecem algumas questões mas fiquei com varias dúvidas. 
Porque Moo Ra e Gong Myung estavam no mundo humano por tanto tempo? Habaek foi só o crusch da Moo Ra ou eles tiveram algo no passado? Qual significa real das pedras que Habaek devia encontrar? Porque os poderes do Habaek só apareciam em algumas ocasiões de perigo? Porque no titulo do drama a mocinha e dita como noiva enquanto todos chamam ela de criada? Cadê os pais desse rapaz para ir contra esse relacionamento? Afinal era um Deus com uma mera e insignificante humana (piadinha rs).

Essa drama não entra para minha lista dos “vale a pena ver de novo”, mas também não é de todo ruim. Eu recomendo para dorameiras que tenham mais paciência (porque a trama é lenta), gostam de romance fantasia e não se importam com algumas pontas soltas na historia. Não existe um triangulo amoroso, o casal se apaixonam e depois de algumas considerações resolvem enfrentar os obstáculos e viver aquele amor. Isso contou muitos pontos comigo!

Eu assisti pelo Dramafever, mas é um drama e bem popular entre os Fansubs e tem em alguns para download. 

Até o próximo post!
Luzia Lima